O primeiro amor a gente nunca esquece.

Sempre ouvi dizer que do primeiro amor a gente nunca esquece, mas eu nunca acreditei verdadeiramente nessa frase.

Pensei que quando passasse eu esqueceria de vez, e nem se quer assumiria que ele, aquele cara, foi o meu primeiro amor... Mas foi.

Com ele que aprendi a capacidade do ser humano de amar os defeitos, porque ele tinha todos e mais um pouco e mesmo assim era o meu amor. E eu nunca tive coragem de dizer isso a ele, porque eu aprendi, com aquele idiota, que eu não deveria falar eu te amo a nenhum homem, nem a ele. Eu aprendi com ele, o que era um beijo de verdade, daqueles cheios de pegada, de toque, de emoção, de perigo (e põe perigo nisso), e ao mesmo tempo a paz que eu tanto almejava estava nos braços daquele bandido que roubou sem dó meu coração, bagunçou com ele e nem se quer deu uma satisfação do porquê de tanto estrago.

Mas sim, ele foi o meu primeiro amor. O primeiro frio na barriga sabe? E hoje nem aquela cara de pau eu olho mais, porque o destino fez questão de mostrar-me que não seria aquele o amor da minha vida, apesar de eu acreditar que amores da vida, vem e vão sem a gente saber quanto tempo durará a vida ao lado daquela pessoa. Hoje lembrei dele, vendo um grupo de meninos na rua, pelo jeito que se vestiam e falavam. Pelas garotas que se aproximavam (eu me vi nelas), e pelo que eu sabia que ia acontecer.

Eu nunca vou esquecer daquele meu primeiro amor. Da nossa música, dos nossos beijos, dos nossos abraços, da nossa bala, daquele perfume, e de como eu era doidinha naquele jeito marrento que ele tinha.

Foi... Passou... E outros amores surgiram e ainda vão surgir. Mas o título de primeiro amor, é daquele que nem coragem de devolver o meu coração teve. Deixou na nossa rua e me mandou buscar. Hoje eu fui lá de novo, porque novamente o coração não está mais em mim, já mora em outra rua... mas, quer saber, deixa ele lá. Eu sei onde encontrar. Um dia eu tomo coragem para buscar.