A Cachoeira
- Vitor Cruz
- 12 de mai. de 2016
- 2 min de leitura

Você sabe qual é a sensação de se jogar de uma cachoeira? Não? Então eu vou te dizer. Quando você está prestes a se jogar da pedra para o mar, você sente um frio na barriga, da àquela ânsia de vomito, você treme e você olha pra baixo com medo de não saber o que te espera lá em baixo, você acha que vai se afogar e nunca mais vai voltar a ver a superfície. Mas ai você respira, você olha para o mar e pensa que ao se jogar pode valer a pena... E você fecha os olhos e vai! E quando você cai, sente o impacto, o frescor da água e vê que no fim valeu a pena, ter passado por aqueles momentos de medo.
Eu não precisei me jogar de uma cachoeira pra me sentir assim, eu conheci alguém e me senti assim. Foi inevitável não querer me jogar. Os primeiros dias eu pensava nela e me perguntava “Pode dar certo?”, “Será que vale a pena ir?”, “Posso me jogar?”.
Era como se ela fosse o mar, eu era pessoa que estava em cima da pedra pensando em me jogar.
Eu tremi, eu suei, me deu um nó no estomago, mas eu respirei e fechei os olhos e... Lancei-me naquele mar. E posso dizer que foi a melhor escolha que já fiz.
Quando estou com ela à sensação é parecida, mas é um friozinho gostoso de sentir, é aquela aceleração no coração que é bom de sentir, é como quando você se da ao luxo de sentir a água pela primeira ao se jogar da cachoeira.
Hoje eu só quero nadar nesse mar, continuar me sentido da forma que me sinto, porque é intenso, assusta um pouquinho, mas é a sensação mais incrível que o ser humano pode querer sentir.
E única coisa que quero, é mostrar pra que ela também pode se lançar nesse mar sem medo, quero que ela nade no meu mar, como eu nado no dela.
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