AMOR É PRESENÇA...
- Joyce Marcolino
- 29 de set. de 2016
- 2 min de leitura

Amor não é uma notificação, embora possa vir em forma de uma. Amor é estar escrito naquela mensagem “To aqui no portão”, “te busco às 20h”, “Nos vemos amanhã”, “Amei te ver hoje”, “seu cheiro está grudado em mim”. Amor é estado de espírito não status para colocar no facebook.
Amor é ligar e perguntar se ela chegou bem em casa, como foi o dia e se as coisas melhoraram no trabalho, em terra de WhatsApp quem liga para ouvir uma voz quer mesmo saber do outro. Amor é entender que ela não respondeu a mensagem porque gradativamente caiu no sono.
Amor é contato, é 10 minutos na estação do metrô antes da aula, é 20 minutos dentro do carro antes de ir dormir. Ninguém é tão ocupado a ponto de não ter tempo de amar, entende? Quem ama não arruma desculpa, nem dificuldade.
Amor é o chocolate preferido dela, o poeta favorito dela, a música preferida dela. Amor é sua voz, seu cheiro em um ursinho ou até uma rosa arrancada do prédio ao lado. Amor é detalhe, é mimo pequeno, é um bilhete no meio das coisas dela dizendo “eu te amo”.
Amor é quando mesmo desafinado você canta olhando dentro do olho dela, amor é quando você olha a lua e deseja que ela esteja ao seu lado para contemplar junto. Amor é ouvir o nome dela e sentir um friozinho na barriga. Amor é excesso de intimidade e quantidade perfeita de energia.
Amor não é sexo, amor é entender o tempo do outro, os limites do outro, os princípios do outro. Amor é aceitar os defeitos, amar os defeitos, não quer mudá-los por saber que quando há amor às coisas se transformam sozinhas. Amor não se mede, então não pode ser definido por 5 minutos em cima de uma cama.
Amor é presença, amor é mão na mão, sintonia e frequência, amor é sonhar junto, almejar junto, lutar junto, crescer junto, mudar junto. Amor é liberdade, é ciúme bobo, é companheirismo. Não dá para amar sozinho, porque amor é duplicidade, no mínimo. Amor nem é definível, nem sei por que estou escrevendo tudo isso aqui...
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