São só lembranças...
- Leonardo José
- 22 de fev. de 2017
- 1 min de leitura

Algo ainda o faz lembrar dela? Poh, cara, isso é chato, neh? Principalmente quando você tem que passar de frente daquele lugarzinho no metrô que era de vocês. Isso é pior que uma tortura no campo de Auschwitz. É quase que uma cena de algum dos filmes da franquia dos Jogos Vorazes. Confesso, é torturante demais.
Todos aqueles momentos bons com ela parece que estão imortalizados ali, naquele espaço, no cantinho do hall da estação metroviária, onde você repara de longe. Até se tem a sensação de que há um holograma dos dois reproduzindo instantes de carinho, de prazer, de acolhimento, de compreensão, de desabafo, de desafogo, de planejamento, de conto, de amizades, de alegria, de riso, de fé e de AMOR.
Você bem que queria brecar sua rotina corrida para sentar àquele lugar e, por alguns minutos, abaixar a cabeça, abdicar do orgulho, e sentir todos aqueles toques carinhosos na sua barriga, no seu pescoço, no seu ombro, no seu rosto... Isso seria maravilhoso, mas espera... Pra que valeria tudo isso? Essa nostalgia seria absolutamente em vão. Lembra daquela frase que eu disse num outro texto ("Vida que segue...") aqui mesmo? "Viva a vida, esqueça aquela passageira, ela já foi, desembarcou", está vendo? esqueça-a. Calma, sei que é difícil, mas fique tranquilo, isso é dever do tempo.
Aquele lugar foi inesquecível? Foi! Mas tire isso da cabeça. Você não pode ficar preso a essas lembranças, até por que, como se diz um trecho da letra de uma música da banda Maneva: "São só lembranças. Suas tranças por entre as minhas mãos".
Комментарии